Caravana contra restrições 'anticovid' deixa Paris em direção a Bruxelas

O "comboio da liberdade", formado por franceses antivacinas e opositores ao presidente Emmanuel Macron, segue na direção de Bruxelas, neste domingo (13), após fracasso na tentativa de bloquear circulação em Paris. 

O protesto contra as restrições sanitárias poderá acontecer segunda-feira, na sede da União Europeia. A polícia de Paris mantém policiais mobilizados, caso surjam novos protestos não autorizados na capital francesa.

A ação realizada na sexta-feira (12), pelo forte dispositivo de segurança, contou com o trabalho de 7.500 homens em Paris e seus arredores, e acabou bem-sucedida. A ação obteve sucesso com a ajuda de barreiras policiais erguidas nos acessos rodoviários, que impediram a entrada de 3 mil a 6 mil carros, aproximadamente, na cidade. Entretanto, pouco mais de 100 veículos conseguiram burlar a barreira e bloquearam a avenida Champs Elysées por algumas horas.

De acordo com informações da polícia de Paris, divulgadas neste domingo, 97 pessoas foram detidas, dentre elas, um dos organizadores da caravana, Jérôme Rodrigues. Além disso, 513 manifestantes foram multados por infração ao decreto que proibia a entrada do comboio na capital.

O "comboio da liberdade" foi inspirado no movimento iniciado há três semanas por caminhoneiros Canadenses e reúne manifestantes que condenam a política do presidente Emmanuel Macron de enfrentamento da pandemia. O grupo pede que a exigência do passaporte de vacina contra à Covid-19 deixe de ser obrigatório, para a entrada em locais públicos e privados.

Durante os protestos, foram  denunciados o alto do custo de vida no país, o aumento dos gastos com energia e combustíveis nas últimas semanas, e o retorno da inflação.

Um decreto foi emitido pela polícia de Bruxelas proibindo a entrada de caravanas que partiram de alguns países europeus, com o objetivo de promover amanhã uma grande manifestação em Bruxelas.