Viúva descobre hobby secreto do marido com peças datadas dos anos 1860
Kevin guardou o segredo por longos 30 anos; a mulher só descobriu o passatempo do marido após a morte dele

Foto: Divulgação/Hansons Auctioneers
Um mulher descobriu que seu marido tinha como hobby colecionar animais taxidermizados antigos, incluindo peças dos anos 1800, bens que ele guardou por anos sem nunca ter dado pistas disso. A descoberta só foi feita após a morte do homem.
Julie Gittoes, de 62 anos, residente de Worcester, em Massachusets, EUA, encontrou um esconderijo secreto no sótão. Ela sempre soube que seu marido, Kevin, tanto que ele possuía algumas peças de conhecimento da esposa. Mas Julie nunca percebeu a extensão de sua obsessão até depois que ele morreu em agosto de 2021, em decorrência de um câncer, aos 69 anos.
Após a partida de Kevin, a viúva contratou profissionais para limpar o sótão. Assim que adentraram o local, eles descobriram dezenas de animais "petrificados". "Estou surpresa que Kevin tenha conseguido retirá-los sem que eu soubesse", disse Julie Gittoes à agência de notícias SWNS sobre os achados. Segundo ela, os leiloeiros descreveram como "uma das coleções particulares mais incomuns".
"Nunca tive permissão para entrar no sótão, mas, depois que perdi Kevin, precisei fazer uma reforma lá. Quando a equipe entrou no local, o operário me disse: 'Você sabia que há muitas caixas lá em cima?' Encontrei 12 peças de taxidermia das quais não fazia ideia de sua existência'", explicou Julie.
E isso foi apenas o começo. Ao fazer outra inspeção na garagem da casa onde moravam - outro lugar que Kevin passava longas horas, como conta Julie - a viúva encontrou mais 150 peças, empilhadas uma atrás da outra em prateleiras fundas. "Eu sabia que ele tinha mais taxidermia lá, mas nunca passou pela cabeça que se tratava de uma quantidade absurda", declarou.
Ao todo, a mulher descobriu um tesouro de animais taxidermizados, incluindo uma cabeça de leão da década de 1920, congro, lontra, coruja de orelhas compridas, texugo, raposa, zebra, uma espécie rara de antílope e outros bichos de pelúcia direto de um Museu de História Natural.
Entre as peças centrais que fazem parte da coleção de bichos de pelúcia de Kevin estava um cachorrinho, um par de esquilos vermelhos e um pica-pau verde que remontam à década de 1860.
O estoque de Kevin, que trabalhou como engenheiro, foi alimentado ao longo de 30 anos. O passatempo ganhou ainda mais impulso depois que ele se aposentou e conseguiu um emprego de meio período em uma casa de leilões, de onde conseguiu grande parte de seus bichos de pelúcia.
Julie não aponta um motivo específico para que o marido tenha mantido sua coleção em segredo, embora desconfie que ele talvez se sentisse envergonhado. "Acho que ele se sentiu um pouco culpado por comprar tantas peças, então não me contou", explicou a viúva, que mais tarde soube que seu filho James havia ajudado o pai a carregá-las até o sótão.
Apesar do longevo segredo, Julie não sente que seu marido escondeu algo dela. "Eu sei que algumas pessoas acham que a taxidermia é um pouco estranha, mas Kevin ficou fascinado com isso", disse. "Eu costumava me sentir um pouco envergonhada quando as pessoas entravam no corredor e torciam o nariz para os animais conservados que eram exibidos, mas a maioria delas ficava fascinada com a coleção, até mesmo os médicos que vinham cuidar de Kevin quando ele estava doente".
A viúva optou por leiloar as peças taxidermizadas, pois quer compartilhar com outras pessoas algo que era realmente importante para o marido. Ela espera arrecadar US$ 13 mil com a venda dos itens. E irá doar todo o recurso para uma organização local dedicada ao tratamento do câncer.