Cármen Lúcia determina que PGR investigue relatórios da Abin para Flávio Bolsonaro
Documento é no âmbito do caso das “rachadinhas”

Foto: Agência Brasil
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, determinou nesta sexta-feira (18), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue a suposta produção de relatórios pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para defender o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), no caso das “rachadinhas”. De acordo com a ministra, os fatos devem ser investigados porque “podem configurar atos penal e administrativamente relevantes (prevaricação, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, crime de responsabilidade e improbidade administrativa”.
Na última terça-feira (15), o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, negou, em ofício ao STF, que o órgão tenha emitido qualquer relatório para auxiliar a defesa do senador. Ramagem pediu ainda para ter acesso aos documentos mencionados pela revista Época, na reportagem que apontou o suposto uso da agência para favorecer o filho do presidente da República. A intenção é demonstrar que o material não foi produzido ou emitido pela Abin. “A agência não emitiu relatórios de inteligência referidos na matéria, ou qualquer documento relacionado ao tema”, diz o texto enviado ao Supremo.