Cármen Lúcia sobre 8 de janeiro: “Não foi um acontecimento banal”
Ministra afirmou que atos foram planejados para ruptura democrática

Foto: Foto: Antonio Augusto/STF
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (11) que os ataques de 8 de janeiro de 2023 contra as sedes dos Três Poderes não podem ser tratados como um episódio trivial.
“O 8 de janeiro de 2023 não foi um acontecimento banal. O inédito e infame conjunto de acontecimentos havidos ao longo de um ano e meio para inflar, instigar por práticas variadas de crimes, haveria de ter uma resposta no direito penal”, disse a ministra em seu voto no julgamento da chamada trama golpista.
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Segundo ela, os atos não foram improvisados, mas planejados como parte de uma estratégia de ruptura democrática.
“Todos os empreendimentos que espalham os seus tentáculos de objetivos autoritários são ações plurais, pensadas, executadas com racionalidade, na busca da finalidade específica”,reforçou.
Cármen foi a quarta ministra a votar no julgamento em que são réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus.
A maioria responde por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Com o voto dela, a Primeira Turma do STF já formou maioria pela condenação dos réus.