Vídeo: "Nós, mulheres, ficamos 2 mil anos caladas e queremos ter o direito de falar, mas eu concedo", diz Cármen ao ser interrompida por Dino
Ministra ainda citou indiretamente o ministro Fux, que levou 13 horas para manifestar voto

Foto: Rosinei Coutinho/STF
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, tratou com ironia, a interrupção feita pelo ministro Flávio Dino, ao iniciar a sustentação para o voto no julgamento da trama golpista na tarde desta quinta-feira (11) na sede da Corte.
"Nós mulheres ficamos dois mil anos caladas, nós queremos ter o direito de falar", afirmou a ministra no momento que Dino a interrompeu pedindo a palavra para leitura de um trecho do livro "História de um crime" do romancista e ex-senador francês, Victor Hugo.
Cármen e Dino ainda foram irônicos em um outro momento, quando o ministro a questionou se ela concederia um aparte (observação de outro sobre o próprio discurso) e a magistrada permitiu citando "ser da prosa".
Por fim, a ministra disse ter escrito 396 páginas para manifestar o voto, mas irá ler apenas um resumo. A citação faz referência ao longo voto do ministro Luiz Fux, na última quarta-feira (10), que durou 13 horas.
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