Casa Branca reduz tarifas sobre produtos agrícolas; café, carne e frutas estão entre os itens afetados
Anúncio foi feito na noite desta sexta-feira (14), porém o percentual do alívio não foi informado

Foto: Official White House Photo by Daniel Torok
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (14) a redução das tarifas de importação sobre diversos produtos agrícolas, como café, carne, frutas e outros alimentos que vinham sendo alvo de sobretaxas nos últimos meses. Segundo a Casa Branca, a decisão alcança itens classificados como “não produzidos em quantidade suficiente” no mercado interno, que deixam de estar sujeitos às tarifas adicionais previstas em ordem executiva anterior.
A medida passou a valer para importações realizadas a partir de quinta-feira (13), embora o governo ainda não tenha informado o percentual exato do alívio tarifário. De acordo com a administração Trump, a iniciativa busca reduzir o custo de alimentos importados, conter pressões inflacionárias e ampliar a competitividade no setor, especialmente em mercados cuja produção doméstica não atende à demanda dos consumidores.
No documento que formaliza a decisão, Trump afirma que agiu “após considerar as informações e recomendações fornecidas por autoridades, o andamento das negociações com diversos parceiros comerciais, a demanda interna atual por certos produtos e a capacidade interna de produção”. O texto também prevê que, quando necessário, haverá reembolso de tarifas já recolhidas, conforme a legislação vigente e os procedimentos da agência alfandegária dos EUA.
Apesar de o anúncio citar genericamente “produtos agrícolas” e mencionar itens como café, chá, bananas, carne bovina e tomates, ainda não há confirmação de que todos os produtos brasileiros atingidos pelas sobretaxas serão contemplados pela nova regra. O Brasil enfrenta tarifas de 50% desde agosto e é o principal fornecedor de café ao mercado americano. Em setembro, consumidores nos Estados Unidos pagaram quase 20% a mais pelo produto em comparação com o ano anterior, segundo dados oficiais de inflação.
Trump também determinou que o secretário de Comércio e o Representante Comercial dos EUA continuem monitorando o que o governo classifica como “emergência” relacionada ao déficit comercial americano. A ordem assinada exclui parte das mercadorias das tarifas “recíprocas” anunciadas em abril, que variam de 10% a 50%, mas não elimina completamente a cobrança de taxas.
A decisão ocorre em meio a sinais de insatisfação do eleitorado com a economia. Pesquisas de boca de urna indicaram que eleitores manifestaram frustração com o custo de vida em disputas estaduais realizadas no início do mês, favorecendo candidatos do Partido Democrata em várias regiões do país.
*Com informações da CNN Brasil e CNN Internacional


