Caso Carrefour: ONU pede investigação independente da morte de João Alberto
Entidade disse que a morte de João Alberto “é um exemplo extremo, mas infelizmente muito comum, da violência sofrida pelos negros no Brasil”

Foto: Reprodução
A Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, pediu às autoridades brasileiras que seja investigada de maneira “rápida, completa, independente, imparcial e transparente” a morte de João Alberto Silveira Freitas.
Em comunicado, a ONU disse que a morte de João Alberto “é um exemplo extremo, mas infelizmente muito comum, da violência sofrida pelos negros no Brasil”, onde há “persistente discriminação estrutural”.
A morte ocorreu na noite de quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra, no supermercado Carrefour, em Porto Alegre (RS).
A ONU defende ainda, “reformas urgentes de leis” e adoção de ações afirmativas no país. Conforme o comunicado, “as autoridades devem intensificar a educação em direitos humanos, a fim de promover uma melhor compreensão das raízes do racismo, e fazer um maior esforço para incentivar o respeito à diversidade e ao multiculturalismo. Devem ainda promover um conhecimento mais profundo da cultura e história dos afro-brasileiros, bem como da sua contribuição para a sociedade brasileira”.
Desde quinta-feira (19), estão presos os agressores filmados espancando a vítima - um segurança terceirizado do supermercado e um policial militar temporário que estava fora de horário de serviço na PM, ocupado em atividades administrativas e de segurança terceirizado para o Carrefour. Presos em flagrante, eles podem ser enquadrados no crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.