Cátia Raulino é condenada a 10 anos de prisão por plágio e fraude em documentos
Falsa professora plagiou obras de ex-alunos e as publicou como se fossem de sua autoria

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Justiça da Bahia condenou a falsa professora de Direito Cátia Regina Raulino a 10 anos de prisão por violação de direito autoral e uso de documento público falso. De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), ela plagiou obras de ex-alunos e as publicou como se fossem de sua autoria, em livros e revistas científicas.
A decisão também determinou o pagamento de R$ 10 mil a cada uma das três vítimas de plágio, que relataram danos emocionais e psicológicos. Já o pedido de indenização feito por universidades foi negado. Cátia poderá recorrer da condenação em liberdade.
Relembre o caso
Cátia se passava por advogada e acadêmica com grande renome, utilizando títulos inexistentes, como de mestrado, doutorado e pós-doutorado, para poder conseguir empregos, integrar bancas e participar de palestras e eventos. A falsa professora também usava as redes sociais par poder fazer live e dar dicas a estudantes e recém-formados em Direito.
As investigações indicaram que Cátia chegou a apresentar documentação falsa para polícia, na tentativa de comprovar a formação.
As denúncias tiveram início depois que alunas de uma faculdade particular de Salvador perceberam que os trabalhos de conclusão de curso delas foram publicados em livro e revista com assinatura de Cátia e sem mencionar as autoras originais.
Cátia ocupou os cargos de professora e coordenadora em faculdades particulares de Salvador, além de trabalhar no TJ-BA entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. A UFBA chegou a refazer as bancas de mestrado que ela participou.
Raulino também já havia sido condenada em 2022 ao pagamento de uma multa e indenização por danos morais a uma das vítimas.
Um dos perfis que a falsa professora tinha nas redes sociais com mais de 180 mil seguidores foi desativado.