Celular pode causar a síndrome de text neck, afirma neurocirurgião

O modo como inclinamos a cabeça para olhar o celular pode ser nocivo para a coluna cervical, afirma Dr. Marcelo Amato

[Celular pode causar a síndrome de text neck, afirma neurocirurgião]

FOTO: Pexels

O modo como inclinamos a cabeça para olhar para o celular pode ser nocivo para a coluna cervical e causar a síndrome text neck (síndrome do pescoço texto). De acordo com o médico neurocirurgião Dr. Marcelo Amato, essa posição incorreta pode causar alterações irreversíveis na curvatura da coluna.

“Fletir a cabeça para a frente e, consequentemente, a coluna cervical traz mais pressão à parte anterior dos discos intervertebrais, o que pode gerar dano a essas estruturas. Nossa coluna não é reta, existem curvaturas fisiológicas que facilitam o seu bom funcionamento. Ao fletir a cabeça, perdemos a lordose fisiológica, podendo ficar retificada e mesmo com inversão da curvatura, ou seja, uma cifose cervical”, explica Dr. Amato.

A má postura cervical acompanha o ser humano antes dos celulares. A postura adotada para leitura ou estudo em mesa plana por estudantes por tempo prolongado, por exemplo, sempre trouxe prejuízo à coluna cervical. Com o boom dos celulares, a queixa aumentou. 

Dr. Amato conta que todas as faixas etárias estão sofrendo com essa questão. Estão cada vez mais presentes no consultório queixas de adolescentes e crianças com dores na coluna cervical. “Situação nitidamente associada à hábitos ruins como sedentarismo, tempo prolongado em jogos eletrônicos e postura inadequada para estudo ou lazer”, enfatiza o neurocirurgião.

Dica

De acordo com Dr. Amato, a regra principal é manter o pescoço neutro, ou seja, os braços devem levar o celular ou tablet para a frente dos olhos. Essa posição pode levar à fadiga dos braços e, consequente, tensão cervical, portanto, sempre que possível deve-se apoiar os braços ou cotovelos, o que é mais fácil na posição sentada.

E se a pessoa já possui algum problema na coluna, deve ter atenção redobrada ao usar o celular e, ainda, praticar atividade física orientada para prevenir lesões na cervical, como indica Dr. Amato.


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