Cenas estarrecedoras, diz ministro Gilmar Mendes sobre julgamento do caso Mari Ferrer

No vídeo da audiência, o advogado Cláudio Gastão humilha a influencer e mostra fotos sensuais dela

[Cenas estarrecedoras, diz ministro Gilmar Mendes sobre julgamento do caso Mari Ferrer]

FOTO: Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, comentou sobre a conduta de juízes e do advogado do empresário André de Camargo Aranha, suspeito de estuprar a jovem influencer e promotora de eventos Mariana Ferrer.

Cenas da audiência foram divulgadas nesta terça (3), pelo site The Intercept Brasil e mostram o advogado do empresário, Cláudio Gastão da Rosa Filho, humilhando a influencer, mostrando fotos sensuais dela e a acusando de inventar o estupro, ocorrido em 2018, "pra ganhar mais seguidores". Ele também classificou a acusação de estupro como "showzinho".

Nas redes sociais, Gilmar Mendes disse que as cenas da audiência "são estarrecedoras" e pediu providências sobre a conduta do advogado envolvido e da omissão dos juízes em relação as humilhações.

 

O caso da jovem corre na justiça desde 2018, quando ela acusou o empresário André de Camargo Aranha de a ter dopado e estuprado em uma casa de festa em Santa Catarina. André de Camargo Aranha é filho do advogado Luiz de Camargo Aranha Neto, que já atuou em processos judiciais da rede Globo. Ele também é empresário de jogadores de futebol e possui amizade com Roberto Marinho Neto, um dos herdeiros da Globo.

Durante a audiência, Mariana Ferrer chegou a reclamar da postura do advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho para o juiz. 

“Excelentíssimo, eu tô implorando por respeito, nem os acusados são tratados do jeito que estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente. O que é isso?”, questionou. 

Mesmo com as reclamações, o juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, chegou a fazer poucas interferências e avisou a Mariana que iria parar a gravação para que ela pudesse se recompor e tomar água.

Após o julgamento, a Justiça decidiu, de forma inédita, que André de Camargo Aranha cometeu estupro culposo, quando não há intenção de estuprar. Como o crime não existe e não está previsto em lei, ele foi absolvido. A decisão gerou revolta nas redes sociais (Veja aqui).


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