Censo Demográfico de 2022 revela que o analfabetismo quilombola é cerca de 3 vezes mais alto que o brasileiro
Mulheres quilombolas representam o maior número em relação aos homens de analfabetos

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/Arquivo
Cerca de 18,99% da população quilombola do Brasil com 15 anos ou mais são analfabetos, segundo dados do Censo Demográfico 2022, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número é maior que a média brasileira, que é de 7%. Em relação a taxa de alfabetização, a média nacional é de 93%, enquanto, a dos quilombolas é de 81,01%.
O censo ainda revela que existe mais disparidades entre a população urbana e rural, além de entre homens e mulheres quilombolas, já que o sexo feminino apresenta número mais baixos de analfabetismo do que o sexo masculino. Quando analisado em conjunto com as áreas rurais e urbanas, a de homens chegou a 25,48%, já as mulheres chegaram a 20,87%.
O Censo ainda localizou as áreas em que população quilombola está pelo Brasil, atualmente, são 1.330. 186 pessoas que se autodeclaram quilombolas, que corresponde a 0,66% da população do Brasil. Contudo, os estados brasileiros em que mais possuem pessoas quilombolas são a Bahia e o Maranhão, cerca de 66,65%, mas em todos os estados brasileiro e no Distrito Federal existem comunidades quilombolas.
A Bahia possui o maior número, com 397.059 pessoas ( que corresponde a 29,9% do total nacional), logo atrás está o Maranhão, com 269.074 (20,26%). Os dois estados somam juntos cerca de 50% da população quilombola do Brasil.