Centro de Contingência de São Paulo recomenda aumento de intervalo entre doses da CoronaVac
Não há doses suficientes disponíveis para toda a população dos grupos prioritários

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O Centro de Contingência do Coronavírus do governo de São Paulo recomendou na última quarta-feira (27), que o intervalo de aplicação entre as duas doses da CoronaVac seja ampliado para mais de 28 dias, para permitir que mais pessoas recebam a vacina contra a Covid-19.
O estado de São Paulo tem cerca de 9 milhões de pessoas que teriam prioridade para imunização, mas no momento, não há doses suficientes disponíveis para toda a população desses grupos.
O número considera profissionais da saúde, indígenas, quilombolas e idosos.
O comitê de contingência é formado por 20 especialistas em saúde que orientam a gestão João Doria sobre as medidas para o controle da doença no estado. De acordo com o coordenador do Centro, Paulo Menezes, “hoje, a segunda dose está prevista para ser feita em até 28 dias após a primeira. No entanto, do ponto de vista científico biológico, é possível pensar que a segunda dose dada em uma data posterior aos 28 dias seja até mais eficaz. Então, o Centro de Contingência, neste momento, é favorável à possibilidade de ter uma extensão".
Já Dimas Covas, diretor do Butantan, afirmou que "na recomendação para voluntários idosos [dos testes da CoronaVac], o esquema 0/28 é o melhor – com resultado de eficácia geral superior a 70%. A segunda recomendação é que o prazo de 28 dias pode ser estendido, sem problema nenhum, até por mais 15 dias. No estudo tiveram alguns casos que tiveram essa vacinação, e não houve nenhum problema do ponto de vista da resposta imunológica".
De acordo com o governo estadual, a decisão sobre a possibilidade de estender o intervalo entre as doses caberá ao governo, por meio das regras do Programa Nacional de Imunização.
O governo de São Paulo fará uma consulta formal nesta quarta ao Ministério da Saúde sobre a possibilidade de ampliar o prazo para além dos 28 dias.