Cesta básica sobe 17% em um ano e fica R$ 115 mais cara nos supermercados

A cesta básica apresentou uma elevação de R$ 115,05 nos últimos 12 meses nos supermercados e chegou ao valor médio de R$ 758,72, como mostra uma pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Os itens compilam aumento de 17,87% no período. Já nos primeiros meses do ano – janeiro, fevereiro, março e abril – a alta nos preços foi de 8,31%.

Nessa quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro fez um apelo para que os donos de supermercados e empresários da cadeia de abastecimento reduzam o lucro dos produtos que fazem parte da cesta básica dos brasileiros.

Conforme Bolsonaro, o óleo de soja, ovos, leite, açúcar e café são os vilões do aumento da cesta básica. A declaração foi feita durante evento da Abras, onde ele falou por videoconferência, diretamente dos Estados Unidos, onde participa da Cúpula das Américas.

Já o ministro Paulo Guedes defendeu que a tabela de preços de alimentos básicos precisa ser reajustada pelos empresários somente em 2023.

A inflação apresentou um recuo nos últimos dois meses, mas ainda se mantém em dois digítos (11,73%). Apesar do aumento nos preços, o consumo no primeiro quadrimestre de 2022 acumula um aumento de 2,50%. Enquanto isso, em abril, o indicador registrou alta de 4,20% em comparação a março. Já na comparação ao mesmo mês de 2021 a elevação registrada foi de 7,37%.

Para a associação, os benefícios injetados na economia, como o saque extraordinário do FGTS e a antecipação do 13º salário têm ajudado a manter o consumo das famílias aquecido. Além disso, outro fator que ajudou as pessoas foi a criação de 770,6 mil vagas de emprego nos primeiros quatro meses do ano.