De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidêcia da República (Secom), Fabio Wajngarten recebe, através de uma empresa na qual é sócio, dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro. Dentre elas estão a Band e a Record.

A Secom é a responsável pela distribuição da verba de propaganda do Planalto e também por ditar as regras para as contas dos demais órãos federais. Em 2019, gastou R$ 197 milhões em campanhas.

Wajngarten assumiu o comando da pasta em abril de 2019. Desde então, se mantém como principal sócio da FW Comunicação e Marketing, empresa que um serviço conhecido como Controle da Concorrência. Ele possui 95% das cotas e sua mãe, Clara Wajngarten, outros 5%, de acordo com dados da Receita e da Junta Comercial de São Paulo.

Em 2019, a Band pagou R$ 9.046 por mês (R$ 109 mil no ano) à empresa do chefe da Secom por consultorias.  De acordo com a legislação vigente, é proibido que integrantes da cúpula do governo possuam negócios com pessoas físicas ou jurídicas que influenciem suas decisões, configurando conflito de interesses e até improbidade administrativa.