Chefe de agência da ONU viaja à Ucrânia para oferecer ajuda com instalações nucleares
O objetivo da ação é evitar o risco de um acidente que possa pôr em perigo as pessoas e o meio ambiente

Foto: Aiea/Dean Calmaa
Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da agência da ONU de energia atômica (Aiea), viajou até a Ucrânia nesta terça-feira (29), com o intuito de discutir o estado de segurança das usinas nucleares do país.
O diretor se reunirá com integrantes do governo e com especialistas em equipamentos das instalações nucleares após a invasão da Rússia em 24 de fevereiro à Ucrânia. A Aiea confirmou ter elaborado “planos concretos e detalhados para assistência de segurança e proteção'' às instalações nucleares da Ucrânia, que incluem 15 reatores em quatro usinas.
A agência ainda destacou, através de comunicado, que o objetivo é evitar o risco de um acidente que possa pôr em perigo as pessoas e o meio ambiente. A Aiea prevê enviar técnicos a instalações prioritárias, com suprimentos essenciais de segurança e proteção, incluindo ações de monitoramento de equipamentos e de emergência.
De acordo com Grossi, “o conflito militar está colocando em perigo sem precedentes” as usinas e outras instalações com material radioativo. O gestor ainda afirmou que é hora de tomar medidas urgentes para garantir a operação destes locais com segurança, e reduzir o risco de um acidente nuclear “que pode ter um grave impacto na saúde e no meio ambiente na Ucrânia e além”.
Ainda foi afirmado que a assistência técnica da Aiea cobrirá “a continuação das atividades da agência para proteger as atividades na Ucrânia de acordo com o mandato de não-proliferação”.
Para finalizar, o chefe da Aiea explicou que a Ucrânia tem um dos maiores programas de energia nuclear da Europa e a presença da Aiea será “é de suma importância onde for necessária para garantir segurança e proteção”.