Chile aumenta salário mínimo para compensar alta no preço dos alimentos
Um programa anunciado também deve ajudar cerca de 1,5 milhão de pessoas nos custos

Foto: Reprodução/Pixabay
Após um acordo com a Central Única de Trabalhadores (CUT), o governo do Chile anunciou um aumento no salário mínimo em 12,5%. Além disso, também foi anunciado um programa que visa ajudar 1,5 milhão de famílias em razão do aumento do custo dos alimentos.
O novo programa deve ajudar a subsidiar a cesta básica para um conjunto de 80 produtos, com um custo fiscal de 850 milhões de dólares. A novidade foi anunciada nesta terça-feira (26) pelo ministro da Fazenda, Mario Marcel.
A iniciativa aconteceu após o aumento do custo da cesta básica, que subiu 14% nos últimos 12 meses. O valor, que será distribuído até dezembro, será reajustado de acordo com o aumento.
O acordo firmado com a CUT ainda precisará ser ratificado pelo Congresso. O salário mínimo acordado subirá para US$ 470 a partir de agosto, um reajuste de 12,5%.
“Vamos combinando medidas que são imediatas, como esse aumento do salário mínimo e a compensação pelo aumento do custo de vida, com reformas estruturais”, afirmou Marcel em entrevista à rádio Duna.
O crescimento da inflação no país foi impulsionado pelos saques antecipados de fundos de pensão, além da ajuda direta distribuída pelo governo anterior, de Sebastián Piñera. Em março, a inflação acumulou um aumento anual de 9,4%.