Chile recomenda ex-ministro da Economia Nicolás Eyzaguirre para presidência do BID
Brasil deve indicar o ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn para o cargo mais alto da instituição
O Chile vai recomendar o ex-ministro da Fazenda Nicolás Eyzaguirre para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O Brasil deve indicar o nome do ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn, que hoje atua como diretor de Hemisfério Ocidental no Fundo Monetário Internacional (FMI) para o cargo mais alto da instituição, que será eleito pela Assembleia de Governadores.
Os 48 países membros do BID têm 45 dias a partir de 28 de setembro para propor candidatos para ocupar o cargo do ex-presidente Mauricio Claver-Carone.
"Há certo consenso sobre a necessidade de ter um candidato a presidente que tenha perfil técnico, experiência em organizações internacionais", expertise "em um amplo espectro de políticas públicas e, nestas circunstâncias, com o presidente Gabriel Boric, resolvemos pelo nome de Nicolás Eyzaguiire, disse nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Mario Marcel.
Eyzaguirre foi ministro da Fazenda duas vezes, primeiro no governo de Ricardo Lagos (2000-2006) e depois, por um ano, no segundo governo de Michelle Bachelet (2014-2018), onde também ocupou os cargos de ministro da Educação e de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Tanto Lagos quanto Bachelet se definem como socialistas. Além disso, atuou como diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ocupará o cargo o candidato que obter a maioria com base nos direitos de voto dos países membros, que variam de acordo com o número de ações da instituição. Os três principais acionistas do BID são Estados Unidos, Argentina e Brasil, que juntos detêm quase 53% dos direitos de voto.
Além disso, o candidato vencedor deve ter o apoio de pelo menos 15 dos 28 países americanos (26 da América Latina e Caribe, além do Canadá e Estados Unidos).