'Chip da beleza': sociedade de endocrinologia não aprova uso dos implantes hormonais
Os dispositivos não possuem registro específico dentro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Foto: Reprodução/R7
O número do uso de dispositivos hormonais para benefícios estéticos ou de melhoria no desempenho físico vem crescendo em grande escala. Sendo assim, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) divulgou uma nota informando que não recomenda o uso de implantes hormonais de gestrinona, seja para fins estéticos ou terapêuticos.
O uso dos chips da beleza também foi criticado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Esses dispositivos não possuem registro específico dentro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) (...) também não reconhece os implantes de gestrinona como uma opção terapêutica para tratamento de endometriose, rechaça veementemente o seu uso como anabolizante para fins estéticos e de aumento de desempenho físico", afirmou a SBEM.
O uso do chipe está ligado a possíveis efeitos terapêuticos no tratamento de sintomas da menstruação, menopausa, doenças dependentes do estrogênio (hormônio feminino) ou contracepção. Ainda assim, ele se tornou popular por conta dos supostos efeitos colaterais, que podem incluir aumento de massa muscular, da libido e da disposição física.
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) informou, em setembro, por meio de nota, que não existem dados suficientes que validem o uso do dispositivo.
"As Comissões Nacionais Especializadas de Climatério e de Anticoncepção da Febrasgo não recomendam os implantes hormonais manipulados não aprovados pela Anvisa, seja com a finalidade de realizar a terapêutica hormonal da menopausa ou anticoncepção, por escassez de dados de segurança, especialmente de longo prazo", afirmou a Federação.