Cientista cria cerveja que atua como vacina oral contra poliomavírus e gera debate ético
A autoexperimentação realizada pelo virologista foi alvo de críticas.

Foto: Imagem Ilustrativa. Créditos: Stefan Nita/ Getty Images.
O virologista Chris Buck, dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, criou uma cerveja com leveduras geneticamente modificadas que funciona como vacina oral contra o poliomavírus. Os resultados iniciais foram divulgados no dia 17 de dezembro no Zenodo, mas ainda não tem revisão dos pares.
Segundo o cientista, ao consumir a bebida, seu corpo produziu anticorpos contra os diversos subtipos do poliomavírus BK, que causa graves complicações para pessoas imunossuprimidas.
O assunto gerou debate pois Chris fez autoexperimentação em humanos, o que é desautorizado pelos comitês de ética do NIH. Além disso, ele ainda criou uma organização sem fins lucrativos denominada Gusteau Research Corporation, com intuito de produzir e consumir a cerveja.
Buck justifica suas ações afirmando que dizem respeito à sua vida privada, que leveduras são consideradas seguras para o consumo, ao passo em que critica os processos burocráticos para a regulação de vacinas.
Porém, a comunidade científica alerta sobre a importância dos processos na segurança, eficácia e confiança em relação as vacinas, bem evita riscos relacionados a desinformação sobre imunização.


