Cinco maiores bancos detinham 81,8% do mercado de crédito no fim de 2020, diz BC
Informações constam no relatório de Economia Bancária divulgado nesta segunda (7)

Foto: Agência Brasil
De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (7), os bancos Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa detinham 81,8% do mercado de crédito do país no fim de 2020, uma queda em relação ao ano anterior. Os dados do Relatório de Estabilidade Financeira apontam ainda que, em 2019, a concentração do mercado de crédito nos cinco maiores bancos era de 83,7% e, no ano anterior, de 84,8%.
Em 2017, o índice estava em 85,8%. Portanto, em três anos, a concentração caiu quatro pontos percentuais (p.p). Na comparação entre os depósitos totais das instituições financeiras, os cinco maiores bancos detinham 83,8% dos depósitos em 2018 contra 79,1% em 2020. Ainda segundo o relatório, houve uma redução das participações dos bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES. “A redução da participação dos principais bancos públicos se deu, em parte, vis-à-vis o aumento da participação de instituições que não se encontram entre as cinco maiores instituições, o que contribui para o incremento das condições concorrenciais quando se considera exclusivamente os índices de concentração”, diz o BC.
No mercado de crédito para pessoas físicas, a Caixa lidera, assim como nos anos anteriores, com 27% de participação. Em seguida, vem o Banco do Brasil, com 17,4%. O primeiro banco privado a aparecer é o Itaú, com 11,9%. O Bradesco registrou 11,2% de participação no mercado e o Santander, 10%.
No caso de crédito para empresas, a situação é parecida. Os bancos públicos, como BNDES, com 15,7%, e Banco do Brasil, com 14,3%, lideram o mercado. Em 2018, esses índices eram de 20,6% e 17,6%, respectivamente. Em terceiro lugar, fica o Bradesco, com 12,8%, seguido do Itaú, com 11,6%, e da Caixa, com 9,9%. Já os bancos menores registraram 25,9% de participação, alta de 4,8 pontos percentuais desde 2018. Já as cooperativas subiram de 3,2% três anos atrás, para 5% em 2020.