Cineasta brasileira desaparece após ser detida pelo serviço de imigração dos EUA
Bárbara Marques, residente em Los Angeles, havia ido para uma audiência para obter legalmente o green card

Foto: Reprodução / IMDB
A cineasta brasileira Bárbara Marques, residente em Los Angeles, nos Estados Unidos, foi detida pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE) durante uma audiência para obter legalmente o green card na última semana e está desaparecida desde então.
Segundo relatos de seu marido, Tucker May, publicados no Facebook, Bárbara havia ido para uma reunião para solicitação do documento, necessário para estrangeiros que residem permanentemente nos EUA.
Durante o encontro, as autoridades alegaram que uma impressora estava quebrada e usaram essa justificativa para afastá-la de seu advogado. Neste momento, ela foi presa. O motivo da detenção teria sido um aviso enviado em 2019, o qual Bárbara nunca recebeu, segundo o marido. Esse ausência teria resultado na perda da data de uma audiência judicial, desconhecida por ela até o momento da detenção.
Tucker May afirmou, em entrevista ao portal LeoDias, que recebeu uma ligação da esposa no sábado (27) e que ela afirmou não saber onde estava. “Ela já havia sido transportada em vários aviões desde que a levaram do centro de detenção de Adelanto, apesar de um habeas corpus já protocolado e de uma ordem de restrição temporária pendente para impedir exatamente isso”, disse.
Segundo May, a esposa “estava apavorada e não sabia onde estava (ficou apenas em uma cela com paredes brancas) nem para onde estavam levando-a. No final da nossa conversa, os agentes do ICE disseram que iriam movê-la novamente, então agora ela pode estar em qualquer lugar”.
O marido da cineasta afirmou que o seu maior medo é que deportem Bárbara para o Brasil e durante o trajeto a deixem em prisões fora dos EUA ou "em locais sem regulação da América Central".
“Ela nunca cometeu um crime nem fez nada de errado, exceto ter perdido uma audiência judicial sobre a qual nunca foi devidamente notificada. Ela estava apavorada e chorando quando a colocaram em algemas e correntes, e um agente do ICE pegou o celular e tirou uma selfie, sorrindo diante da dor e do medo dela”, denunciou.