Collor tem prisão domiciliar em cobertura na orla avaliada em R$ 9 milhões em Maceió

O ex-presidente Fernando Collor, que teve a prisão determinada no último dia 24 pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), obteve autorização para sair do presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió–AL, e ficar em prisão domiciliar.

O endereço do ex-presidente é de um apartamento na cobertura de um edifício com seis andares na região da praia de Ponta Verde, na orla alagoana. 

Collor havia declarado os bens à Justiça Eleitoral, em 2018. Na ocasião, informou que o apartamento valia R$ 1,8 milhão. No entanto, na declaração de 2022, quando foi candidato a governador de Alagoas, a Justiça do Trabalho decretou a penhora do imóvel para o pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil, incluindo um ex-funcionário de uma empresa da família da qual Collor é sócio. Neste ano, o bem foi avaliado em R$ 9 milhões, segundo informações do Jornal O Globo.

Prisão domicilar

Moraes concedeu prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente devido ao estado de saúde e à idade avançada do político, que comprovou o seu diagnóstico de Parkinson e também de mais de uma centena de exames com outras comorbidades, como privação de sono crônica e transtorno bipolar.

Com isso, Collor terá seu passaporte suspenso e estará proibido de receber visitas, com exceção de seus advogados, equipe médica, familiares e pessoas previamente autorizadas pelo STF.

Vale lembrar que, em 2023, Collor foi condenado pelo STF a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A maioria da Corte considerou a participação do político em um esquema de corrupção na BR Distribuidora. Na época, a empresa era subsidiária da Petrobras, que era investigado na Operação Lava-Jato.

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