Caso a tabela de isenção do Imposto de Renda fosse corrigida pela inflação acumulada desde 1996, o número de brasileiros que estaria isento do pagamento, quase triplicaria. Segundo um levantamento da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), a faixa subiria para os que ganham menos de R$ 4.465,35. 

Atualmente, paga IR quem ganha mais de R$ 1.903,98 mensais, menos que dois salários mínimos. Apenas 8,2 milhões de pessoas não pagam IR porque têm rendimentos abaixo desse valor, que não sofre correção há anos.

Esse número saltaria para 23.506.672 de brasileiros, caso a faixa de isenção fosse ajustada, nos cálculos da Unafisco.

Além de projetar a quantidade de contribuintes isentos, a Unafisco também calculou o impacto na arrecadação federal para este ano-calendário, que, sem nenhuma alteração na tabela, deve chegar a R$ 290,5 bilhões. Caso a faixa de isenção fosse corrigida, somente em 2022 o governo deixaria de arrecadar R$ 164,5 bilhões, mais da metade do total.