Editorial
FOTO: José Cruz
A votação da Medida Provisória 870 na noite de quarta-feira (22) no plenário da Câmara dos Deputados, para analisar a redução de 29 para 22 ministérios, é um demonstrativo de como se dá o embate de ideologias na atual configuração do Congresso – ao menos até os minutos finais da sessão, antes do presidente da Casa, Rodrigo Maia, encerrá-la exatamente por causa de ânimos acirrados.
A tipificação ficou, então, evidente quando se votaram alguns destaques, em que o governo obteve vitórias, mas também derrotas, se assim pode-se dizer em relação a mudanças na estrutura das pastas, que não era bem como se desenhava em nome da governabilidade.
O que se viu ontem à noite, em quase toda a sessão, foi um jogo político pautado na democracia. Com conversa e poder de convicção se faz maioria, bem pontuado na terça-feira (21) pelo secretário da Previdência, Rogério Marinho.
No fim, toda a complexidade destas sessões camarárias, as articulações de bastidores e as artimanhas em plenário, recaem quase que unicamente na coleta de votos de uma bandeira ideológica, e quem tiver mais cabeças, terá sua posição transfigurada em lei para ser respeitada em todo Brasil.
O exercício da cidadania por meio do diálogo político na noite de quarta, sem dúvida, é também a dinâmica imposta à reforma da Previdência. Seja situação, oposição ou centrão, cada lado tem conhecimento dos pontos importantes da matéria, estudou a espinha dorsal da proposta e vai operar claro, dentro do campo ideológico. Nos corredores do Congresso, o burburinho é que existe, sim, uma consciência coletiva de que é a reforma é necessária, mas alguns pontos, tidos como “críticos” para quem não é do governo, demandarão embates no plenário – vencerá quem tiver maioria. Com diálogo, tudo se resolverá.
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