Com erro da arbitragem, Bahia perde para Fortaleza e cai para terceiro do Grupo A da Copa do Nordeste

Com erro da arbitragem, o Bahia foi derrotado por 2 a 1 para o Fortaleza, em confronto disputado na tarde deste sábado (3), no Castelão, em Fortaleza, válido pela 7ª rodada da Copa do Nordeste. Com resultado, Tricolor baiano cai para terceira posição do Grupo A, com onze pontos somados, enquanto o Leão do Pici segue isolado na liderança do Grupo B, com 14 pontos. Resultado impede que Esquadrão encaminhe classificação para quartas de finais, e ainda faz com que time torça para concorrentes diretos não vencerem e o tirarem do G-4.

O Fortaleza foi ter uma grande chance de abrir o placar já com um minuto e meio de jogo. Após subida ao ataque, Wellington Paulista recebeu passe dentro da área e cruzou na cabeça de David, que livre de marcação testou firme, mas Douglas se esticou todo e evitou o primeiro gol do jogo.

A primeira etapa foi equilibrada apesar de não ter tido muitas chances claras de gol. Bahia e Fortaleza fizeram uma partida de muita marcação, especialmente na saída de bola um do outro, e exploraram com muita frequências as jogadas pelas laterais do campo, tendo e vista que era um dos setores em que ambas as equipes demonstravam mais deficiência.

A partida apresentava um certo equilíbrio até o Fortaleza voltar a dar as caras no jogo. Com 25 minutos de jogo, Daniel Guedes fez o cruzamento pelo lado direito para área do Bahia e encontrou Matheus Vargas, que ajeitou para chegada de Jussa. O meia soltou a bomba e a bola foi morrer no fundo das redes de Douglas. Um golaço em Fortaleza.

O gol serviu para desestabilizar totalmente o Bahia. O Tricolor seguia muito espaçado atrás, especialmente pelo lado de Nino Paraíba, o que levou a algumas situações de perigo, como aos 36 minutos, quando David avançou pela esquerda, cruzou para área, Douglas afastou mal e a bola sobraria para Robson, que furou na hora da finalização.

Douglas deu um tremendo susto no torcedor do Bahia aos 39 minutos. Daniel Guedes fez cruzamento do lado direito do campo para dentro da área, em uma bola que parecia fácil de encaixar, mas o goleiro a deixou passar por entre as pernas e quase ia para o gol, mas Conti acompanhou a jogada e conseguiu afastar em cima da linha. Quase o Fortaleza chegava ao segundo.

Pelo que o Bahia apresentava, era esperado que não conseguisse empatar a partida antes da ida para o intervalo, mas quem tem o artilheiro da Copa do Nordeste, tem tudo.

Aos 44 minutos, Rodriguinho deu um lindo lançamento para dentro da área e achou Gilberto, que nem dominou e já bateu forte para vencer o goleiro Felipe Alves e igualar o duelo em Fortaleza. Foi o último lance de emoção antes do fim da etapa inicial.

Aos cinco minutos, o Fortaleza teve uma boa chance de passar a frente do placar. David saiu costurando a defesa do Bahia, e deu bom passe para Wellington Paulista, que bateu de primeira, mas muito alto e a bola foi por cima do gol de Douglas.

Mais ligado no jogo, o Fortaleza voltou a chegar com muito perigo ao gol de Douglas aos seis minutos. A defesa do Bahia afastou mal a bola levantada na área, que sobrou limpa para Robson pelo lado direito, que ajeitou o corpo e bateu cruzado, mas viu a bola sair pela linha de fundo.

Robson foi ter outra boa chance aos oito minutos. Mais uma vez recebeu passe em liberdade, invadiu a área, cortou Lucas Fonseca e na hora de chutar foi travado pelo zagueiro Conti, que evitou um risco maior de defesa para Douglas.

O Bahia, que até então estava retraído em campo, respondeu aos 11 minutos. Com liberdade de fora da área, Matheus Bahia soltou uma bomba para o gol de Felipe Alves, que caiu com dificuldade para defender e evitar a virada do Tricolor baiano no jogo.

Na hora de contra-atacar, o Fortaleza voltou a ficar a frente do placar, ainda que de uma maneira indevida.

Aos 15 minutos, Robson fez um belo lançamento da intermediária buscando David, que dominou a bola no peito, e Nino Paraíba já estava tomando a frente do atacante, mas foi empurrado e conseguiu finalizar para o gol, estufando as redes de Douglas. O gol que deveria ter sido anulado não teve nenhum tipo de anulação por ninguém da equipe de arbitragem.

Melhor em campo na segunda etapa e em vantagem, o Fortaleza controlava sem dificuldades o jogo diante da pouca ofensividade do Bahia no jogo.

O Tricolor baiano só voltou a chegar com perigo novamente aos 34 minutos. Após cobrança de escanteio para área do Fortaleza, a bola foi desviada por Rodriguinho e sobrou nos pés de Gabriel Novaes, que na pequena área, completou no travessão.

Aos 42 minutos, mais uma boa chegada do Bahia no jogo. Em dobradinha entre laterais, Nino Paraíba tocou para Juninho Capixaba, que bateu pro gol, a bola desviou na zaga e passou com muito perigo perto do gol de Felipe Alves, mas foi para fora.

Nos minutos finais, o Bahia partiu para uma pressão em busca do empate, mas apesar de algumas tentativas, o Tricolor não conseguiu chegar a igualdade no placar até o apito final do árbitro. Foi o primeiro triunfo do Fortaleza sobre o Bahia na história da Copa do Nordeste.

Análise do Bahia na partida

O Bahia fez uma grande partida? não. Mereceu vencer? também não, mas nem por isso deveria ter sido derrotado da maneira que foi. Um verdadeiro absurdo o que aconteceu nesta tarde no Castelão. A negligência e incompetência do árbitro em anular o segundo gol anotado por David é o melhor reflexo possível do nível da arbitragem brasileira no nosso país. Foi sem dúvida, uma das grandes responsáveis pelo resultado final.

Tirando o fator da arbitragem, o Bahia fez uma partida muito ruim. Vulnerável defensivamente, com ataque apagado em campo e pouco criativo, o Tricolor foi quase inteiramente passivo durante os 90 minutos. Em uma ocasião ou outra tinha lampejos de qualidade, mas nada muito vistoso e que fizesse o Fortaleza temer a equipe.

Dado Cavalcanti precisa ser cobrado pelos resultados negativos do Tricolor. É certo que pelo elenco fraco que tem, ele não pode fazer muita coisa, mas tem tido atitudes erradas, a exemplo da demora para substituir a equipe, quando ela claramente dá sinais de desgaste ou mesmo os jogadores não demonstram muita técnica. A formação hoje com três volantes foi um desastre diante de um Fortaleza veloz e que roda muito os lados do campo. São atitudes que o treinador precisa repensar para não persistir no erro.