Com investimentos de R$ 29,8 bi, malha ferroviária pode ganhar mais 2,5 mil km
A ANTT já considerou viável, oito estradas de ferro, que agora dependem, apenas de um aval da Secretaria Transportes Terrestres da pasta

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Após a assinatura de contratos para a construção de 3,5 mil quilômetros de ferrovias pela iniciativa privada, o Ministério da Infraestrutura planeja agora tirar do papel 2,5 mil quilômetros de novos trilhos, a um valor estimado de investimento de R$ 29,8 bilhões. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já considerou viável, oito estradas de ferro, que agora dependem, somente de um aval da Secretaria Transportes Terrestres da pasta.
Desde a década de 1990, quando o governo Fernando Henrique privatizou a Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), até agora, apenas cerca de 1,5 mil quilômetros de ferrovias foram construídos, apesar do setor privado ter trabalhado na manutenção e operação de ativos já existentes.
A expansão do modal ferroviário é consequência da criação de um modelo de autorização para o setor, possuindo menos amarras e mais facilidade de entrada de novas empresas. Hoje, as ferrovias do país são construídas por concessão. Nessas ocasiões, são realizados leilões para estabelecer a obrigação de investimentos.
Conforme o modelo de autorização, criado por meio de uma medida provisória (MP) e ainda em tramitação no Congresso, as empresas realizam pesquisas e se comprometem a investir para construir do zero a sua ferrovia. Como estabelece os contratos assinados com o Executivo, as ferrovias precisam entrar em operação em dez anos.
Atualmente, as ferrovias respondem por cerca de 20% de tudo que é transportado no país. A expectativa é que, em até dez anos, esse número suba para até 35%.