'Com lockdown, pessoas vão morrer de fome', afirma secretário de Saúde de SP

O secretário de Saúde de São Paulo disse ainda que “Fazer o lockdown significa colocar uma parcela vulnerável numa situação difícil"

Por Da Redação
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'Com lockdown, pessoas vão morrer de fome', afirma secretário de Saúde de SP

Foto: Reprodução/G1

O secretário da Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou ser contra o lockdown no Brasil por considerar que a medida combinada com a falta do auxílio-emergencial vai levar parte da população "a morrer de fome".

"Sou contra lockdown como é feito em outros países, enquanto nós não tivermos esse auxílio (emergencial) para as pessoas que dependem disso. Temos que fazer restrições mais robustas e enérgicas, mas o lockdown no nosso país, não temos condições de fazer. As pessoas vão morrer de fome. Vamos ter um problema civil", disse Gorinchteyn em entrevista à rádio CBN.

O gestor justificou a opinião explicando que "o Brasil tem uma questão social e econômica muito peculiar. Fazer o lockdown significa colocar uma parcela vulnerável numa situação difícil sem o auxílio. Eu vejo que alguns estados chegaram numa situação limite”.

Gorinchteyn ainda defendeu a suspensão das aulas presenciais no estado para diminuir a circulação de pessoas.
"Se nós estamos entendendo que as pessoas estão em risco circulando temos que avaliar as situações em que as pessoas estão expostas, então temos que avaliar as escolas. O problema não são as escolas, mas a circulação das pessoas em seus entornos. Professores, pais que levam os filhos, no transporte público. Nos próximos dias vale a observação disso", afirmou.

De acordo com o secretário, a proposta de suspender as aulas será debatida com o Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo.

Na segunda-feira (1º), secretários estaduais de Saúde publicaram carta aberta ao governo federal pedindo pelo estreitamento das medidas de prevenção ao novo coronavírus e a volta do auxílio-emergencial. Gorinchteyn não assinou a carta.

As medidas sugeridas no documento estão o toque de recolher noturno — das 20h às 6h — e aos finais de semana; "restrição em nível máximo" das atividades em regiões com ocupação de leitos acima de 85%; proibição de eventos presenciais como shows, atividades religiosas e esportivas; fechamento de bares de praias, além da suspensão de aulas presenciais e a adoção do trabalho remoto nas esferas públicas e privadas. 

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