Com proposta do salário mínimo para 2022, teto do INSS pode ir a mais de R$ 6.400 mil
Realidade vai impactar a vida de 50 milhões de brasileiros que ganham o piso nacional

Foto: Agência Brasil
A proposta do salário mínimo para o próximo ano, elevando o valor de R $1.100 para R$ 1.169, vai impactar a vida de 50 milhões de brasileiros que ganham o piso nacional. Dentre essas pessoas, 24 milhões são beneficiárias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além das aposentadorias, pensões e auxílios, o teto previdenciário será reajustado, saindo de R$ 6.433,57 para R$ 6.832,45.
De acordo com o jornal O Globo, isso é possível porque o valor exato do aumento só será conhecido em janeiro, quando o governo tiver o valor acumulado do ano do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reajusta o mínimo. Caso a inflação de 7% projetada pelo Ministério da Economia se confirme, o valor vai chegar a R$ 1.177 no próximo ano, elevando o teto do INSS a R$ 6.883,91.
Caso essa realidade se confirma, segundo o jornal, um aposentado que recebe o piso nacional terá o benefício reajustado para R$ 1.169. Já quem ganha R$ 2.500 vai receber R$ 2.655. Caso o pagamento creditado em conta seja R$ 3.200 hoje, no próximo ano será R$ 3.398,40. O valor, R$ 69 maior que o salário mínimo atual, não prevê ganhos reais para os trabalhadores. Ou seja, essa alta de 6,2% não compensa a perda que o piso nacional teve com a inflação e o poder de compra vai continuar igual.
Ainda de acordo com o jornal, esse reajuste só é concedido porque a Constituição determina uma revisão periódica para preservar o poder de compra dos assalariados. “A falta de aumento real reflete a penúria de todos os brasileiros e brasileiras. Aos aposentados e pensionistas sempre sobra o sustento da família em época de crise e desemprego. Não vemos o mesmo tratamento dado aos altos escalões do governo que não só vivem com altos salários, mas também com aumentos salariais dignos de países de primeiro mundo”, disse Tonia Galleti, do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi).
Últimos reajustes
-2016: 11,6% (R$ 880)
-2017: 6,48% (R$ 937)
-2018: 1,81% (R$ 954)
-2019: 4,61% (R$ 998)
-2020: 4,7% (R$ 1.045)
-2021: 5,22% (R$ 1.100)