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Com risco de colapso na saúde, governo da Bahia fechou hospital que custou meio milhão sem licitação

Obra realizada pela Metro Engenharia foi registrada como Covid-19 mesmo sem receber pacientes com o vírus

Por Da Redação
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Com risco de colapso na saúde, governo da Bahia fechou hospital que custou meio milhão sem licitação

Foto: Reprodução

O Governo da Bahia encerrou na semana passada as atividades do Hospital de Campanha do Fazendão, que atende pacientes de baixa complexidade, crônicos e de longa duração sem suspeita ou confirmação de coronavírus (Covid-19). Agora, o governo corre contra o tempo para realizar a abertura de novos leitos de tratamento do novo coronavírus. 

A justificativa, segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), é a boa performance da rede estadual ao absorver essa demanda. A Bahia, no entanto, apresenta uma taxa de ocupação de UTIs de Covid-19 em 80% e quase quatro mil novos casos diários. No último dia 10,inclusive, o governador da Bahia, Rui Costa usou suas redes sociais para pedir que as pessoas ficassem em casa. Segundo Rui, o governo iria atingir um limite de abertura de novos leitos na cidade e caso não houvesse a diminuição do contágio, existia o grave risco de colapso no sistema de saúde. 

O trágico destino, no entanto, não parece atingir o Hospital Fazendão, que custou aos cofres públicos mais de R$ 524 mil reais, em obras realizadas sem licitação através da Metro Engenharia. Com 44 leitos clínicos, de acordo com o secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, o hospital, que ficou em funcionamento apenas por três meses, atendeu 100 pacientes, nenhum deles internado com Covid-19. 

“A unidade atendeu cerca de 100 pacientes crônicos e de longa duração, cujo tempo de internação pode superar os 30 dias. A gestão foi exemplar, sem nenhum paciente infectado por Covid-19, mesmo com a circulação de 130 profissionais entre médicos, enfermeiros e administrativo”, explicou Vilas-Boas.


O Farol da Bahia solicitou ao Governo do Estado os dados referentes ao hospital. Como o motivo dele ter sido anunciado como gastos de Covid-19 mesmo não tendo recebido nenhum paciente com o vírus, por qual o motivo a unidade de saúde está sendo desativada mesmo com a eminência de um colapso e qual o gasto total, incluindo folha de pagamento de funcionários.

As solicitações, no entanto, não foram atendidas.

Ainda assim, levando em consideração apenas o custo da obra, cada paciente custou ao Estado R$ 5.240,00. 

A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 3.380 novos casos de Covid-19 e 55 mortes, segundo informações divulgadas no último boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

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