Comércio eletrônico sofre com queda no número de vendas
Queda é causada por juros altos e arrefecimento da pandemia

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Dados da Neotrust mostram que o e-commerce brasileiro teve uma queda de 10,5% nas vendas no terceiro trimestre de 2022. Os juros altos e o arrefecimento da pandemia teriam provocado tal estrago, que pode ser visto no balanço das maiores varejistas do comércio eletrônico. Segundo o Estadão/Broadcast, Via, Americanas e Magalu fecharam o terceiro trimestre com prejuízo.
A Via apresentou prejuízo líquido contábil de R$ 203 milhões no trimestre. O número é 68% menor do que no mesmo período de 2021. Nas lojas físicas, a Via registrou alta de 3,7% na receita bruta. Já no digital, a venda do estoque caiu 10,6% e chegou a R$ 3,5 bilhões. Nas vendas de lojistas virtuais que vendem dentro do marketplace do grupo, a queda foi ainda maior, de 41,9%, para R$ 1,1 bilhão.
A Americanas S/A anunciou que suas lojas físicas tiveram alta de 12,4% de receita bruta. Uma queda de 14,4% foi registrada na plataforma de comércio eletrônico. Ao Estadão, a empresa relacionou a queda à baixa procura por itens mais caros, bem como à “decisão da Companhia de ser menos agressiva comercialmente nas categorias de tíquete alto, como eletrônicos, buscando preservar a margem bruta”.
A Magazine Luiza teve um prejuízo de R$ 166,8 milhões no trimestre (revertendo um lucro de R$ 143,5 milhões no mesmo período de 2021), mas as vendas do comércio eletrônico tiveram uma leve alta, de 2,6%, chegando a R$ 10,3 bilhões.