Confederação Israelita no Brasil volta a criticar ‘falas antissemitas’ de Lula
Em nota, entidade disse que o presidente mente ao dizer que Israel é genocida

Foto: Ricardo Stuckert /PR
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) criticou no domingo (11), em nota, novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a guerra entre Israel e o grupo Hamas. De acordo com a entidade judaica, o petista promove o antissemitismo ao ficar propagando o discurso de que Israel é genocida porque mata crianças e mulheres em Gaza “a pretexto” de eliminar terroristas.
“É lamentável e perturbador que o presidente do nosso país siga promovendo este libelo antissemita pelo mundo. O Brasil é um país onde a comunidade judaica vive em paz e segurança, mas o presidente Lula, com suas falas antissemitas, parece querer criar problemas para a nossa comunidade ao promover o antissemitismo entre seus apoiadores”, afirmou a nota assinada pelo presidente da Conib, Claudio Lottenberg.
“Acusar judeus de matar crianças é uma das formas mais antigas e deploráveis de antissemitismo”, continuou.
•Lula compara ação de Israel em Gaza à de Hitler contra judeus
•Oposição apresenta moções de repúdio contra declarações de Lula sobre conflito Israel-Hamas
•Israel declara Lula 'persona non grata' após declarações sobre Holocausto
A entidade afirmou ainda que, ao contrário do que afirmou o presidente Lula, o Hamas iniciou o atual conflito, utiliza civis como escudos humanos e mantém reféns israelenses.
“O que falta nas falas do presidente Lula sobre o conflito é a verdade: o Hamas começou essa terrível guerra e se esconde atrás da população civil e de reféns israelenses para promover sua visão, aí sim genocida, de exterminar Israel e judeus.”
Entenda o caso
Em conversa com jornalistas no sábado (10), em Moscou, Lula voltou a comentar o conflito na Faixa de Gaza e tratou as investidas de Israel contra o Hamas no território palestino como um genocídio.
“Na Faixa de Gaza é um genocídio, de um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças a pretexto de matar terroristas. Já houve casos de explodirem um hospital e não ter um terrorista, só mulher e criança”, disse.
Lula viajou à Rússia a convite do presidente Vladimir Putin para assistir a um desfile militar que marcou os 80 anos da derrota dos nazistas. O encontro com o líder russo é alvo de críticas dentro e fora do Brasil porque o presidente brasileiro tentava mediar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.