Confiança nas vacinas contra Covid-19 cresce em 2022, aponta estudo
Desinformação, no entanto, ainda é um dos principais motivos para recusa

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Um estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos, Espanha e Malásia, publicado no periódico Nature Medicine, mostra que a desinformação é um dos principais motivos da hesitação em relação às vacinas no Brasil e no mundo. Em relação ao imunizante contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, os dados apontam que, apesar da hesitação permanecer substancial, houve um aumento na confiança em 2022.
O índice de indivíduos dispostos a aceitar a vacinação chegou a 79,1% no ano passado, um aumento de 5,2% em relação a junho de 2021. A pesquisa contou com a participação de 23 mil pessoas, de 23 países: Brasil, Canadá, China, Equador, França, Alemanha, Gana, Índia, Itália, Quênia, México, Nigéria, Peru, Polônia, Rússia, Singapura, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.
A hesitação às vacinas aumentou em oito países, variando de 1% no Reino Unido a 21,1% na África do Sul. Quase um em cada oito (12,1%) entrevistados vacinados está em dúvida sobre as doses de reforço. O apoio geral à vacinação de menores de 18 anos aumentou ligeiramente, mas diminuiu entre os pais que hesitavam em se vacinar.
A disposição dos pais para vacinar seus filhos nos 23 países estudados aumentou de 67,6% em 2021, quando as vacinas para crianças aguardavam aprovação regulatória, para 69,5% em 2022. As entrevistas foram realizadas entre 29 de junho a 10 de julho de 2022.