Confronto armado entre Tailândia e Camboja deixa 11 civis mortos; países disputam área de fronteira
Nações trocam acusações sobre quem teria aberto fogo

Foto: Reprodução/X
As forças militares da Tailândia e do Comboja entraram em confronto em uma área de fronteira, nesta quinta-feira (24). Cerca de 11 civis morreram e 14 ficaram feridos.
Segundo a agência de notícias Reuters, os dois países estão em disputa territorial há semanas. O confronto ocorre na área do antigo templo Prasat Ta Muen Thom, localizado na fronteira entre a província tailandesa de Surin e a província cambojana de Oddar Meanchey.
Os países acusam um ao outro de terem aberto fogo primeiro. Eles disputam a soberania de vários pontos não demarcados ao longo da fronteira terrestre de 817 km, há mais de um século.
As desavenças já resultaram em confrontos esporádicos e até quarta-feira, cerca de 12 mortes. Em 2011, um confronto armado chegou a durar uma semana.
As tensões reacenderam em maio, após a morte de um soldado cambojano durante um breve tiroteio, o que acabou evoluindo para uma crise diplomática de grandes proporções.
No dia 1º de julho, a primeira-ministra da Tailândia foi suspensa do cargo para ser investigada por possíveis violações éticas na condução da disputa fronteiriça.
Na noite de quarta-feira (23), a Tailândia retirou o embaixador do Camboja e anunciou a expulsão do embaixador cambojano, após dois soldados perderam um membro ao pisar em uma mina terrestre em área disputada, mas que faz parte de acordo mútuo de segurança.
O Camboja negou as alegações como “acusações infundadas”, ressaltando que muitas minas e outros artefatos explosivos não detonados são heranças de guerras e conflitos do século XX.
Nesta quinta, o exército da Tailândia relatou ter enviado um jato de combate F-16 que bombardeou o território cambojano e destruiu um alvo militar.
Uma transmissão ao vivo feita na Tailândia mostrou moradores fugindo de casa e se abrigando em um bunker de concreto, enquanto explosões eram ouvidas.