Congelar salários de servidores pode gerar economia de R$ 171 bi até 2021
Projeções foram feitos por equipe econômica considerando aumento de despesas em três anos

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Em troca do aumento para R$ 50 bilhões do socorro federal para Estados e municípios, o ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AC), acertaram em comum acordo congelar os salários e as promoções de carreira dos servidores públicos até dezembro de 2021. Em 2022, ano que ocorre as eleições, a concessão de reajustes será novamente permitida.
A medida válida para União, Estados e municípios, possui impacto potencial de uma economia de R$ 179 bilhões, segundo cálculos feitos pela equipe econômica, que consideraram o aumento das despesas de pessoal nos últimos três anos. Do montante, R$ 70 bilhões de economia nos Estados, R$ 62 bilhões nos municípios e R$ 47 bilhões na União.
O governo calcula que 24,5 milhões dos 33,6 milhões de trabalhadores que possuem carteira assinada (ou seja 73% do total) terão os salários diminuídos ou contratos suspensos por causa da crise causada pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, a denominada "cota de sacrifício" sugerida pelo ministro da Economia ao funcionalismo é ficar sem reajustes "por um ano e meio".
O relator responsável pelo projeto, o presidente do Senado deverá apresentar o parecer até a próxima quinta-feira (30) e convocar uma sessão extraordinária para votação do texto no sábado, deixando a proposta para ser posta em votação na Câmara dos Deputados.
O presidente Jair Bolsonaro e parlamentares não são favoráveis as alterações nos salários dos servidores públicos. Em entrevista concedia após a reunião com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, Paulo Guedes afirmou que os servidores públicos terão que fazer um sacrifício e mostrar "que estão com o Brasil" em meio à crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.


