Conheça os procedimentos cirúrgicos para o tratamento do câncer de bexiga

No Brasil, tumor é o segundo tipo mais frequente entre os homens

[Conheça os procedimentos cirúrgicos para o tratamento do câncer de bexiga ]

FOTO: Reprodução/Notícias ao Minuto

O câncer de bexiga é o segundo tipo de tumor urinário mais frequente entre os homens, atrás apenas do câncer de próstata. No Brasil, a estimativa anual de casos é de 10.640, sendo que 7.590 foram diagnosticados em homens. Na Bahia, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) estimou que 470 diagnósticos foram registrados desde o início até, sendo 320 em homens e 150 em mulheres. Seus sintomas, pouco conhecidos, podem ser silenciosos, fato que pode levar ao diagnóstico tardio e a redução das chances de sucesso do tratamento.

Os sinais também podem ser confundidos com os de outras enfermidades, além da presença de sangue na urina, dor durante o ato de urinar e a necessidade frequente de “fazer xixi”, mesmo sem a bexiga estar cheia, são alguns dos principais sintomas para que a pessoa procure por um especialista. 

Fatores e prevenção

A melhor forma de prevenção é o fim do tabagismo, já que o cigarro está associado à doença em até 70% dos casos. Homens brancos e de idade avançada são o grupo com maior probabilidade de desenvolver câncer de bexiga. Outro fator de risco é a exposição ocupacional a compostos químicos como aminas aromáticas e hidrocarbonetos policíclicos presentes em indústrias de corantes, tinturas e derivados de petróleo.

A descoberta do tumor pode ser feita através de exames de urina e de imagem, como tomografia computadorizada e cistoscopia (investigação interna da bexiga por um instrumento dotado de câmera). Durante este exame, podem ser retiradas células para biópsia, a fim de confirmar o diagnóstico.

Tratamento

A escolha do tratamento depende de fatores como idade do paciente, estadiamento (estágio do tumor), gravidade dos sintomas e tipo de tumor. Quando o tratamento cirúrgico é o mais indicado, a cirurgia pode ser de três tipos: ressecção transuretral, mais conhecida como “raspagem da bexiga” (quando ocorre a remoção do tumor por via uretral utilizando um bisturi elétrico); cistectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga); ou cistectomia radical (remoção completa da bexiga). 

Uma alternativa de tratamento é a radioterapia, que pode ser adotada em certos casos na tentativa de preservar a bexiga. A quimioterapia pode ser sistêmica (ingerida na forma de medicamentos ou injetada na veia) ou intravesical (aplicada diretamente na bexiga através de um tubo introduzido pela uretra). A cirurgia pode ser feita na modalidade aberta (convencional), laparoscópica ou robótica. No caso do câncer de bexiga músculo-invasivo, tipo potencialmente letal que requer tratamento agressivo, a cistectomia radical é o mais comumente indicado.


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