A Conmebol informou nesta sexta-feira (23) que as 50 mil doses de vacinas contra Covid-19 doadas pela Sinovac vão chegar ao entidade pelo Uruguai no próximo dia 28 de abril. Em comunicado, a entidade informou que o lote foi “fabricado especialmente para o futebol sul-americano e que, de nenhum modo, são vacinas destinadas a qualquer outro fim”.

A entidade sul-americana reitera que a vacinação não é obrigatória e, caso alguém se recuse a ser imunizado, não vai ser excluído dos torneios. A doação das doses pela Sinovac faz parte de um acordo de exposição do laboratório, que se anuncia como "parceiro oficial de saúde" da Copa América a ser disputada em junho na Argentina e na Colômbia. 

Ainda no comunicado, a entidade máxima do futebol na América do Sul ressaltou a doação não faz parte de uma transação comercial e que “o processo de distribuição dos imunizantes será iniciado em estrito cumprimento das normas legais e sanitárias em vigor em cada dos 10 países associados”. 

Como a legislação brasileira veda o uso de vacinas contra coronavírus por entidades privadas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisa ser autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para receber as doses. Procurado pelo Globo Esporte, o órgão informou que ainda não foi consultado pela CBF sobre o assunto.

Apesar da CBF ainda não se manifestou publicamente sobre a doação de doses pela Sinovac. O presidente da entidade, Rogério Caboclo, já sinalizou o interesse em adquirir vacinas, desde que haja a liberação por parte do Congresso, cuja pauta está em discussão na Câmara dos Deputados.