"Consciência completamente limpa" diz Geraldo Alckmin sobre acusação de caixa dois
Ex-governador é indiciado também por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção

Foto: Agência Brasil
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse, em entrevista à CNN Brasil, nesta quinta-feira (16), que quem tem vida pública deve prestar contas constantemente e que a consciência dele está "completamente limpa”. Alckmin foi indiciado pela operação Lava Jato eleitoral da Polícia Federal pela suspeita de três crimes: lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva.
“Quem está na vida pública tem o dever de prestar contas constantemente. As minhas campanhas foram todas dentro da lei. O meu patrimônio sempre foi igual, não recebo um centavo do dinheiro público. Recentemente voltei a dar aula (na medicina), a minha vida pessoal é totalmente simples. Na campanha de 2010 e 2014 eu nem gastei toda a verba, o dinheiro ficou lá para o partido. Minha consciência está completamente limpa”. disse Alckmin à CNN.
O indiciamento aconteceu no inquérito que investigava no âmbito eleitoral as doações da empreiteira Odebrecht. Segundo o diretor da empreiteira, ele teria repassado mais de R$ 10 milhões, via caixa 2, às campanhas de Alckmin.
Em relação a Força-tarefa Lava Jato, o ex-governador disse, ainda durante a entrevista, que não vê politização nas ações. “Eu sou daqueles que defende as instituições. As pessoas passam, mas as instituições permanecem. Nós precisamos ter boas instituições. Então espero que não tenho politização nas ações. Que a gente possa ter boas instituições em prol da população”, disse.
O Inquérito já está no Ministério Público de São Paulo, que tem três opções: decidir pelo arquivamento, oferecer a denúncia contra o ex-governador e o ex-tesoureiro à Justiça ou pedir novas diligências para que que a polícia aprofunde algum ponto da investigação.