Conselho de Ética rejeita parecer contra deputado Daniel Silveira
Deputados não viram motivo para punição após ameaça a grupo antifascista

Foto: Câmara dos Deputados
O Conselho de Ética rejeitou, nesta terça-feira (13), um dos pareceres que pedia a suspensão do mandato do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). A punição seria dada em processo que trata da ameaça feita pelo deputado a manifestantes conhecidos como "antifascistas", em um ato que ocorreu no Rio. Na ocasião, Silveira ameaçou esse grupo e afirmou que os manifestantes poderiam "tomar um tiro no meio da caixa do peito". Em relatório arquivado nesta terça-feira, por 10 votos a 9, Rose Neide (PT-MT) sugeria a interrupção das atividades do parlamentar pelo período de três meses. Daniel Silveira não participou da sessão de hoje por videoconferência e foi representado pelo advogado.
No dia 17 de fevereiro deste ano, Silveira foi preso depois de ter divulgado um vídeo no qual ofendia e ameaçava ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) “em clara afronta aos princípios democráticos, republicanos e da separação de poderes”. Contudo, em março, o ministro Alexandre de Moraes determinou a substituição da prisão em flagrante do deputado por prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. No final do mês passado, entretanto, o deputado voltou a ser preso por violar a tornozeleira eletrônica. Na decisão pela nova prisão, o ministro afirmou que Silveira demonstrou "total desprezo pela Justiça". As punições sugeridas ao deputado ainda precisam ser analisadas e aprovadas em plenário para que haja efeito concreto. Ainda não há certeza se essas penas serão acumuladas ou se serão sobrepostas.


