Consórcio diz que Vacinação tem disparidade de mais de 100% entre os estados

Na Bahia 77,8% da população ainda não foi imunizada contra a Covid-19

Por Da Redação
Às

Consórcio diz que Vacinação tem disparidade de mais de 100% entre os estados

Foto: Reprodução/G1/EPTV

Mais de quatro meses após o início a vacinação contra a Covid-19, dados do consórcio de veículos de imprensa mostram uma grande disparidade no ritmo da imunização entre os estados. O percentual da população vacinada com uma dose nos locais mais avançados, Mato Grosso do Sul (27,8%) e Rio Grande do Sul (27%), é mais que o dobro do registrado nos que estão mais atrasados, Rondônia (12,8%) e Roraima (13,2%). 

A desigualdade se repete na segunda dose, com Rio Grande do Sul (12,9%), Mato Grosso do Sul (12,7%) e São Paulo (12,2%) no topo e Acre (5,9%) e Amapá (6,8%) no fim da lista. Na Bahia, a aplicação da 1ª dose foi realizada em 12,1% da população, enquanto que 10,1% já receberam a 2ª dose. Ao todo, 77,8% dos baianos ainda não foram imunizados contra a Covid-19.

"A dificuldade é que a população é muito espalhada. A gente tem dificuldade de acesso a algumas populações indígenas, ribeirinhas. A equipe de saúde precisa viajar, se deslocar muito", explica a epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Ethel Maciel, sobre o cenário no Norte do país.

O acesso a determinadas populações foi o argumento apresentado pela Secretaria de Saúde do Amazonas para justificar o baixo percentual em relação a outras unidades da federação. Mesmo sendo priorizado por conta do colapso no sistema de saúde, foram aplicadas apenas 58% das 2.214.600 doses disponíveis desde o início da campanha de imunização, o 3º menor percentual do país.

Além de ter as menores porcentagens de vacinação da população, a região Norte também é a que apresenta os piores indicadores de aplicação em relação a doses recebidas. “O Ministério da Saúde libera mais doses se os estados estiverem utilizando e reportando no sistema. Tem a ver com utilizar todas as doses e solicitar mais doses”, explica o infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.