Consumidores brasileiros continuam com dificuldades financeiras em decorrência da pandemia, aponta estudo
Levantamento da Consumer Pulse mostra impactos em 55% da população

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Um estudo da Consumer Pulse, da TransUnion, referente ao terceiro trimestre de 2021, apontou que 55% dos brasileiros afirmam que a renda familiar continua sendo impactada negativamente em decorrência da pandemia da Covid-19. No entanto, o número foi menor na comparação com os trimestres anteriores.
Além disso, 93% dos entrevistados indicaram estar preocupados sobre como vão pagar as contas e empréstimos integralmente. Os grupos baixa renda, o mais impactado nas finanças, foi o que apresentou a maior melhora na comparação com famílias de renda média e alta.
No estudo, 62% dos consumidores brasileiros afirmam ser importante contar com crédito financeiro, mas apenas 43% entendem ter acesso a esta opção. Outros não querem solicitar um cartão de crédito ou refinanciamentos. Mas, mais da metade dos consumidores (52%) chegou a considerar solicitar este serviço, mas optou por não fazê-lo.
Apesar dos impactos negativos na vida financeira da maioria dos brasileiros, 53% dos consumidores afirmam ter esperança de que suas finanças se recuperem. Para a pesquisa, foram ouvidos 1.100 brasileiros adultos.
“Os consumidores brasileiros continuam enfrentando efeitos financeiros substanciais da pandemia, mesmo que tenhamos visto algumas melhorias, principalmente em famílias de baixa renda”, diz Claudio Pasqualin, diretor de Desenvolvimento de Negócios da TransUnion Brasil.
“Embora haja um ligeiro aumento na confiança do consumidor, muitos brasileiros seguem preocupados em como pagar suas obrigações financeiras e outros hesitam em solicitar novo crédito ou refinanciamentos", completou.
A perda de emprego, juntamente com a redução do salário e das horas de trabalho, foram as principais razões apontadas para a redução da renda familiar. No estudo, 36% dos entrevistados alegaram que alguém em casa perdeu o emprego no último mês ante 34% no último período da pesquisa. Já 30% afirmam que tiveram o salário reduzido e 19% tiveram as horas de trabalho cortadas.


