Consumo de carne vermelha pode aumentar em até 20% risco de doença cardiovascular, aponta estudo
Pesquisa foi feita pela Universidade Tufts e pela Cleveland Clinic Lerner Research Institute
Um estudo publicado na revista americana Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology, este mês, mostrou que o consumo de carne vermelha está diretamente ligado a um aumento de 20% no risco da doença aterosclerótica, uma patologia cardiovascular que promove a deposição de placas de gordura em artéria e vasos. A enfermidade pode levar a infartos do miocárdio e ao AVC.
Isso porque, durante a digestão da carne vermelha, é produzido um produto químico chamado de n-óxido de trimetilamina (TMAO). Esse composto é o responsável pelo crescimento dos riscos.
A pesquisa foi feita em conjunto pela Universidade Tufts e pela Cleveland Clinic Lerner Research Institute, ambas situadas nos Estados Unidos.
O estudo foi feito com 3.931 pessoas americanas, com mais de 65 anos, que foram acompanhados ao longo de 12,5 anos. Os pesquisadores levaram em conta fatores de risco, como idade, sexo, raça e etnia, educação, tabagismo, atividade física, hábitos alimentares, e outros.
"Essas descobertas ajudam a responder a perguntas de longa data sobre os mecanismos que ligam as carnes ao risco de doenças cardiovasculares", disse uma das coautoras do artigo, Meng Wang, pós-doutoranda na Universidade Tufts, em nota sobre o levantamento.