Coordenadora dos estudos da vacina de Oxford no Brasil diz que uso emergencial do imunizante já pode ser pedido à Anvisa
Presidente da Fiocruz, disse que pretende finalizar os documentos do pedido até 15 de janeiro

Foto: Reprodução/ CNN
Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (30), a coordenadora dos estudos da vacina de Oxford no Brasil, Lily Yin Weckx, da Unifesp, disse que, com a aprovação no Reino Unido, o uso emergencial da vacina já pode ser solicitado à Anvisa.
Segundo a especialista, normalmente é necessária a aprovação no país de origem de uma vacina antes que os pedidos de uso emergencial possam ser feitos nos países onde ela é testada. Em nota, a Anvisa disse que o pedido de uso emergencial deverá ser feito pela Fiocruz, que é o laboratório nacional que irá produzir a vacina no país.
Já a presidente da Fiocruz, disse que pretende finalizar os documentos do pedido até 15 de janeiro. A previsão de entrega das primeiras 1 milhão de doses é na semana de 8 a 12 de fevereiro.
Em nota, a AstraZeneca disse que "submeteu os dados pré-clínicos, clínicos e de tecnologia farmacêutica à ANVISA por meio da submissão contínua para facilitar a revisão". Segundo o laboratório, a última análise agrupada dos dados da fase 3 de testes, foi feita no dia 22.
O acordo do laboratório com o governo brasileiro é de fornecer 100,4 milhões de doses em "ingrediente farmacêutico ativo" até o primeiro semestre de 2021, sendo 30 milhões no primeiro trimestre, disse a farmacêutica.
Segundo o Ministério da Saúde, a previsão para começar a vacinação contra a Covid-19 no Brasil, é entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, mas, para isso, é necessário o registro da vacina junto à Anvisa.