COP30: discurso de Lula precisa ser concretizado, afirmam entiades

No discurso, Lula defendeu a superação dos combustíveis fósseis e ressaltou a importância dos países levarem a sério os alertas da ciência sobre o clima

Por Da Redação, Agência Brasil
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COP30: discurso de Lula precisa ser concretizado, afirmam entiades

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Organizações da sociedade civil que atuam nas questões climáticas consideraram positivo o discurso do presidente Lula na abertura da Cúpula do Clima, em Belém, nesta quinta-feira (6). Na declaração, o gestor defendeu a superação dos combustíveis fósseis e ressaltou a importância dos países levarem a sério os alertas da ciência sobre o clima.

Com dezenas de chefes de Estado e de governo, a Cúpula antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro, também na capital do Pará.

"Em seu discurso, o presidente Lula afirmou que precisamos de um mapa do caminho para acabar com o desmatamento e o uso dos combustíveis fósseis. É exatamente do que precisamos e é exatamente o que esperamos que a presidência da conferência coloque como proposta sobre a mesa. O sucesso da COP30 se dará ao transformar as palavras do presidente brasileiro em resolução final", pontuou o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.

Para a diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali, o discurso de Lula foi "forte", no entanto, para que a COP entre para a história, "é preciso concretizar a promessa de sairmos de Belém com um mapa do caminho para reverter o desmatamento até 2030 e superar a dependência dos fósseis". " Precisamos de planos concretos, mecanismos de implementação e fontes claras de financiamento. O desafio agora é transformar essas palavras em ação, sob liderança do Brasil", ressaltou.

A licença concedida para a Petrobras pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no mês passado, para dar início à operação de pesquisa exploratória de petróleo na chamada Margem Equatorial, foi citada como um ponto frágil em relação aos compromissos de Lula no pronunciamento.

"Seguir insistindo em explorar petróleo na Foz do Amazonas ou atrasar a demarcação de territórios indígenas, que aguardam há décadas por essa garantia, expõe contradições que não cabem em um momento tão importante para o nosso país e para o planeta. Que as palavras, mas principalmente as ações do Brasil, sejam a injeção de coragem que os demais líderes globais precisam para também fazerem a sua parte", complementou Carolina.

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