Copom corta Selic de 4,5% para 4,25% ao ano

Nesta sexta (7), o IBGE irá divulgar o índice referente a janeiro

Por Da Redação
Às

Copom corta Selic de 4,5% para 4,25% ao ano

Foto: GettyImages

Em decisão unanime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortou, nesta quarta-feira (5), de 4,5% para 4,25% ao ano a meta para os juros básicos (Selic). O Banco Central, em comunicado, sinalizou para o fim do ciclo de cortes iniciado em julho de 2019.

"O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária. O Comitê enfatiza que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021".

Selic

A Selic é o instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. Quando as projeções sobre elas estão além do desejado, os juros básicos são puxados para cima – encarecendo o crédito e pressionando o consumo e a inflação a caírem.

Apesar do assunto ter sido bastante discutido no primeiro encontro de 2020, que aconteceu nesta quarta (5), em reuniões no ano passado o Copom deixou escrito que os dados atuais sinalizam para a "continuidade do processo de recuperação gradual da economia brasileira". 

Trata-se do quinto corte consecutivo promovido na taxa referencial brasileira. A Selic vinha descendo 0,5 ponto percentual por reunião do Copom. Com a decisão, a Selic renova o seu piso histórico, indo ao seu menor nível desde que a implementação do regime de metas para inflação no Brasil, em 1999. Corte de 0,25 ponto percentual.

Em dezembro de 2019, a Selic desceu aos 4,5% ao ano, o BC havia deixado duas portas abertas para a reunião desta quarta, a de queda e a da manutenção – “dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação".

Mesmo assim, a falta de sinalizações contrárias ao corte no mês de fevereiro pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, passou a esquentar as apostas na queda para 4,25% - por sinal, até a última segunda-feira, o mercado cravava a Selic nessa altura até o fim do ano.

A Selic flerta com mínimas históricas desde de o final de 2017, quando bateu nos 7% ao ano. Era o menor nível alcançado à época, superando os juros de 7,25% ao ano registrados entre outubro de 2012 e abril de 2013. Na próxima sexta-feira (7) está programada pelo IBGE a divulgação do índice referente a janeiro.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário