Coronavírus faz empresas aéreas registrarem quedas nas receitas
Decisão de Trump impactou nos serviços

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Após o presidente americano Donald Trump anunciar a suspensão de todos os voos entre os Estados Unidos e a Europa por 30 dias, as ações das duas principais companhias aéreas brasileiros, Gol e Azul, despencaram mais de 30% na Bolsa. Os papeis da Latam, listada no Chile, registraram queda de 16%. A Associação Internacional de Transporte Aéreo solicitou que os governos "respondam rapidamente a fragilidade financeira das companhias".
A entidade estipulou na última semana, que a crise causada pelo coronavírus poderia ocasionar em uma diminuição da receita do setor de aviação em aproximadamente US$ 113 bilhões. Contudo, a previsão não incluía medidas como as anteriormente anunciadas por EUA e Israel.
Após suspender os voos entre EUA e Europa, Trump derrubou rotas que chegaram a uma receita de US$ 20,6 bilhões em 2019, somando 200 mil voos e 46 milhões de passageiros. O Espaço Schengen, área sob embargo de voos para os EUA, reúne 27 países, não incluindo o Reino Unido.
Empresas aéreas afetadas
Até o momento, o tráfego aéreo no Brasil está preservado. Entretanto, os efeitos financeiros já começa a afetar empresas nacionais.
Só na última quinta-feira (12), as ações da Gol perderam 36,6 em valor de mercado, cotadas a R$ 9,97, Desde o começo de fevereiro, a queda é de 70,9%.
A Azul recuou de 32,9% ontem, para R$ 20,30. A baixa registrada é de 65,7% desde 1º de fevereiro, com a companhia avaliada no momento em R$ 6,9 bilhões.