Covid-19: Casos confirmados e suspeitos aumentam entre servidores do Ministério da Saúde

De janeiro a março de 2021, foram 157 casos

[Covid-19: Casos confirmados e suspeitos aumentam entre servidores do Ministério da Saúde]

FOTO: Agência Brasil

O Ministério da Saúde, em Brasília, registrou um salto considerável de servidores contaminados ou com suspeita de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. De janeiro a março de 2021, foram 157 casos, mais que o triplo das 44 notificações computadas ao longo de todo o ano passado. No mesmo período, o Distrito Federal registrou um aumento de 36% de casos confirmados. 

Os dados, obtidos pelo jornal O Globo, apontam ainda que a explosão de casos confirmados e suspeitos ocorreu no momento em que havia mais servidores fazendo trabalho presencial. Enquanto em 2020 a média de funcionários em "home office" foi de 786 por mês, em 2021 (até março) esse índice caiu para 570. No total, a pasta tem 19.520 servidores ativos em Brasília. Ou seja, menos de 3% trabalharam de casa no momento mais crítico da pandemia no país: os primeiros meses de 2021.

Os números de casos confirmados e suspeitos de Covid-19 entre servidores do Ministério da Saúde podem estar ainda subestimados, apontou a própria pasta por meio da Lei de Acesso à Informação. Segundo a pasta, isso é possível porque atestados apresentados pelos trabalhadores não precisam obrigatoriamente ter a identificação da doença, caso o paciente não autorize. Dados desta segunda-feira (3) apontam que o Distrito Federal chegou a 381.468 casos confirmados da Covid-19, cerca de 13% da população estimada de 3 milhões.

"Portanto, os números dos afastamentos de servidores do Ministério da Saúde com suspeita e casos confirmados de Covid-19 informados podem não retratar fielmente a realidade, visto que o servidor pode ter optado em não constar o CID [classificação internacional de doenças] no atestado", disse a pasta.

Todos os dados se referem a servidores públicos federais lotados em Brasília, e não englobam os demais colaboradores, como os terceirizados na pasta, o que faria o número de contaminações aumentar. De acordo com a Saúde, as condições propícias ao trabalho remoto devem ocorrer por autodeclaração. A pasta informa que é "responsabilidade exclusiva de cada servidor reconhecer e comunicar a chefia imediata sobre sua situação, a fim de realizar suas atividades de forma remota".
 


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