Covid-19: Fiocruz afirma que cobertura vacinal por grupos etários é desigual no Brasil
Principal desafio do país é a vacinação das crianças de 5 a 11 anos

Foto: Jefferson Peixoto / Secom Salvador
O Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou nesta quarta-feira (16), em documento, que o nível de cobertura vacinal contra o novo coronavírus não é homogêneo entre os grupos etários no Brasil. Segundo o estudo, o principal desafio do país é a vacinação das crianças de 5 a 11 anos, grupo que hoje representa 9,5% da população brasileira.
Os dados consideram o período entre o início da vacinação na Semana Epidemiológica (SE) 03/2021, iniciada em 17 de janeiro, e na SE 10/2022, encerrada em 12 de março. Ainda de acordo com o levantamento, a vacinação contra a Covid-19 no Brasil, prestes a completar 14 meses desde seu início, passou por fases distintas na evolução temporal de aplicação das doses e foi marcada por ciclos de expansão.
A Nota Técnica ressalta, ainda, que o nível de cobertura vacinal é uma importante informação para tornar mais eficientes as estratégias de busca ativa e orientações sobre a aplicação de doses específicas. A análise mostra, por exemplo, que os grupos com idades entre 12 e 49 anos são os únicos que não têm cobertura de primeira dose acima de 90%; a população de adultos entre 40 e 44 anos possui a menor cobertura dentre os adultos; as idades abaixo de 29 anos são as únicas com cobertura vacinal de esquema completo abaixo de 80% para a segunda dose/dose única.
Já o grupo etário entre 35 e 49 anos é o que possui menor cobertura de primeira dose e o de faixa etária de 12 a 17 anos possui cobertura de segunda dose muito menor que o restante dos grupos. Apesar da expectativa sobre o rebaixamento do status de pandemia para endemia, os cientistas orientam que é preciso cautela na tomada de decisões pelos gestores, especialmente na flexibilização do uso de máscaras e relaxamento do distanciamento social.