Covid-19 matou no Brasil quatro vezes mais do que média mundial, aponta Fiocruz

Alta mortalidade afetou diretamente as condições de vida dos brasileiros

Por Da Redação
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Covid-19 matou no Brasil quatro vezes mais do que média mundial, aponta Fiocruz

Foto: Getty Images

O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na última quarta-feira (9), mostra que o novo coronavírus matou no Brasil quatro vezes mais do que a média mundial por milhão de habitantes: 2.932 mortes contra 720. Além disso, os dados apontam que o País teve 6,7% dos registros da doença no planeta, mas concentrou 11% das mortes. Segundo os pesquisadores, a alta mortalidade resultou "em uma calamidade que afetou diretamente a saúde e as condições de vida de milhões de brasileiros".

O boletim afirma que a desigualdade social, o acesso desigual a médicos e hospitais e a demora na aquisição de vacinas são as principais causas do grande número de mortes. No geral, o levantamento apresenta uma perspectiva da evolução da pandemia desde a descoberta do vírus até os dias atuais. Foram 388 milhões de casos em todo o mundo, 26 milhões deles no Brasil (6,7% do total). O número de mortes chegou a 5,7 milhões em todo o planeta, mais de 630 mil deles no País (11% do total).

De acordo com os pesquisadores, a pandemia afetou ainda mais a população mais pobre. Enquanto as regiões Sul e Sudeste apresentam alto percentual de imunização, algumas áreas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda apresentam bolsões de baixa imunização. O documento ressalta, ainda, que a atual situação ainda é preocupante por causa da alta taxa de disseminação da variante Ômicron, ainda que os casos de internação e mortalidade estejam mais baixos por conta da vacinação.

"O monitoramento da nova variante, associado ao estudo genético de suas mutações, sugere rápido crescimento do número de casos por conta de sua capacidade de disseminação, até 70 vezes maior do que a da delta, segundo alguns estudos", aponta a Fiocruz. Para a fundação, é preciso acelerar a vacinação e manter as medidas não farmacológicas, como distanciamento físico e uso de máscaras.

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