Covid-19 reativa vírus ancestral que leva a casos mais graves da doença
A descoberta da Fiocruz abre espaço para novos tratamentos de pessoas que se encontram em situações mais graves devido a infecção pela doença

Foto: Reprodução G1
Novo estudo da Fiocruz divulgado na última sexta-feira (21), revela que o SARS-CoV-2 é capaz de reativar um vírus ancestral presente há 5 milhões de anos na linhagem evolutiva dos seres humanos, mas que na maioria das vezes se encontra adormecido.
A descoberta abre espaço para novos tratamentos de pessoas que se encontram em situações mais graves devido a infecção pela Covid-19.
"Verificamos o viroma de uma população com altíssima gravidade, em que a taxa de mortalidade chega a 80%, para ver se algum outro vírus estava coinfectando esse paciente que está debilitado, imunossuprimido", afirmou o coordenador do estudo, o virologista Thiago Moreno, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz).
25 pacientes graves de covid-19 que tinha em média 57 anos e estavam em ventilação mecânica, foram acompanhados por cientistas de março a dezembro do ano passado. Os testes mostraram a presença do vírus ancestral, o retrovírus endógeno humano da família K (HERV-K), comparados a pacientes com casos leves.
Os cientistas comprovaram que, de alguma forma, o SARS-CoV2 foi capaz de reativar esse retrovírus. E agora estudam se o combate a esses vírus ancestrais pode ajudar os pacientes de covid-19 grave a se recuperarem.


