Covid-19: Voluntários para testar vacina poderão se inscrever por app

O Instituto Butantan lançará, ainda esta semana, aplicativo de smartphone para inscrição

[Covid-19: Voluntários para testar vacina poderão se inscrever por app]

FOTO: Reprodução / Agência Brasil

A vacina da empresa chinesa Sinovac, que tem como parceiro o Instituto Butantan, começará a ser testada em 20 de julho no Brasil, inicialmente em São Paulo e, depois, em outras cinco unidades da Federação, incluindo o Distrito Federal. A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a vacina. A imunização, chamada CoronaVac, é considerada uma das mais promissoras contra o novo coronavírus. 
 
O Butantan ficará responsável por administrar o recrutamento de voluntário e lançará, ainda esta semana, um aplicativo de smartphone para inscrição. A convocação dos interessados está programada para começar em 13 de julho. Ao todo, 9 mil profissionais da saúde participarão dos testes, de maneira voluntária. 

Podem se candidatar médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que atuam ou atuaram na linha de frente da covid-19, desde que ainda não tenham contraído o vírus. Outra restrição é que o voluntário não deve participar de outros estudos e, sendo mulher, não pode estar grávida nem planejando uma gestação nos próximos três meses. Além disso, há impossibilidade de participarem candidatos com doenças instáveis ou que precisem de medicações que alterem a resposta imune.

Metade receberá placebo

O Instituto Butantan explica que o estudo será randomizado, ou seja, enquanto metade do grupo recebe a dose da vacina, à outra metade é dada uma injeção com efeito placebo, a fim de conseguir mapear qual é, de fato, a eficácia da vacina. A CoronaVac foi desenvolvida a partir de cepas inativas do coronavírus. 

“A aprovação do ensaio clínico de fase 3 é uma demonstração de que a parceria Butantan e Sinovac é uma colaboração eficiente para avançar, oferecendo esperança para salvar vidas em todo o mundo”, comentou o diretor do Instituto, Dimas Tadeu Covas. Se a vacina for efetiva, o país receberá da Sinovac, até o fim do ano, 60 milhões de doses para distribuição.

Sucesso em fases anteriores

A vacina já foi administrada com sucesso em cerca de mil pessoas na China nas fases clínicas um e dois. Anteriormente, foi testada em macacos. Agora, o Butantan iniciará o ensaio clínico para verificar eficácia, segurança e o potencial do medicamento para produção de respostas imunes ao coronavírus. 

Esta é a segunda vacina a receber autorização para testes no Brasil. Em junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a realização de ensaios clínicos de uma vacina produzida na Universidade de Oxford, na Inglaterra. 

De acordo com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, “é o objetivo número um do SUS e do ministério que a gente tenha acesso e entrada direta junto à estrutura de fabricação, para que a gente não perca o bonde, para podermos participar; ter a liberdade de fabricar a vacina, de não só comprar.” 
 


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